Arte Pré Histórica
ARTE PRÉ-HISTÓRICA
Um dos períodos mais fascinantes da história humana é a
Pré-História. Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito,
pois é exatamente a época anterior à escrita. Tudo o que sabemos dos Inícions
que viveram nesse tempo é o resultado da pesquisa de antropólogos,
historiadores e dos estudos da moderna ciência arqueológica, que reconstituíram
a cultura do Início.
Divisão da Pré-História:
Paleolítico
A principal característica dos desenhos da Idade da Pedra
Lascada é o naturalismo. O artista pintava os seres, um animal, por exemplo, do
modo como o via de uma determinada perspectiva, reproduzindo a natureza tal
qual sua vista captava. Atualmente, a explicação mais aceita é que essa arte
era realizada por caçadores, e que fazia parte do processo de magia por meio do
qual procurava-se interferir na captura de animais, ou seja, o pintor-caçador
do Paleolítico supunha ter poder sobre o animal desde que possuísse a sua
imagem. Acreditava que poderia matar o animal verdadeiro desde que o
representasse ferido mortalmente num desenho. Utilizavam as pinturas rupestres,
isto é, feitas em rochedos e paredes de cavernas. O Iníciom deste período era
nômade. Os artistas do Paleolítico Superior realizaram também trabalhos em
escultura. Mas, tanto na pintura quanto na escultura, nota-se a ausência de
figuras masculinas. Predominam figuras femininas, com a cabeça surgindo como
prolongamento do pescoço, seios volumosos, ventre saltado e grandes nádegas.
Destaca-se: Vênus de Willendorf.
PALEOLÍTICO INFERIOR
• aproximadamente 5.000.000 a 25.000 a.C.;
• primeiros hominídios;
• caça e coleta;
• controle do fogo; e
• instrumentos de pedra e pedra lascada, madeira e ossos:
facas, machados.
PALEOLÍTICO SUPERIOR
• instrumentos de marfim, ossos, madeira e pedra: machado,
arco e flecha, lançador de dardos, anzol e linha; e
• desenvolvimento da pintura e da escultura.
Neolítico
A fixação do Iníciom da Idade da Pedra Polida, garantida
pelo cultivo da terra e pela manutenção de manadas, ocasionou um aumento rápido
da população e o desenvolvimento das primeiras instituições, como família e a
divisão do trabalho. Assim, o Iníciom do Neolítico desenvolveu a técnica de
tecer panos, de fabricar cerâmicas e construiu as primeiras moradias,
constituindo-se os primeiros arquitetos do mundo. Conseguiu ainda, produzir o
fogo através do atrito e deu início ao trabalho com metais. Todas essas
conquistas técnicas tiveram um forte reflexo na arte. O Iníciom, que se tornara
um camponês, não precisava mais ter os sentidos apurados do caçador do
Paleolítico, e o seu poder de observação foi substituído pela abstração e
racionalização. Como conseqüência surge um estilo simplificador e
geometrizante, sinais e figuras mais que sugerem do que reproduzem os seres. Os
próprios temas da arte mudaram: começaram as representações da vida coletiva.
Além de desenhos e pinturas, o artista do Neolítico produziu uma cerâmica que
revela sua preocupação com a beleza e não apenas com a utilidade do objeto,
também esculturas de metal. Desse período temos as construções denominadas
dolmens. Consistem em duas ou mais pedras grandes fincadas verticalmente no
chão, como se fossem paredes, e uma grande pedra era colocada horizontalmente
sobre elas, parecendo um teto. E o menir que era monumento megalítico que
consiste num único bloco de pedra fincado no solo em sentido vertical. O
Santuário de Stonehenge, no sul da Inglaterra, pode ser considerado uma das
primeiras obras da arquitetura que a História registra. Ele apresenta um enorme
círculo de pedras erguidas a intervalos regulares, que sustentam traves
horizontais rodeando outros dois círculos interiores. No centro do último está
um bloco semelhante a um altar. O conjunto está orientado para o ponto do
horizonte onde nasce o Sol no dia do solstício de verão, indício de que se
destinava às práticas rituais de um culto solar. Lembrando que as pedras eram
colocadas umas sobre as outras sem a união de nenhuma argamassa.
NEOLÍTICO
• aproximadamente 10.000 a 5.000 a.C.
• instrumentos de pedra polida, enxada e tear;
• início do cultivo dos campos;
• artesanato: cerâmica e tecidos;
• construção de pedra; e
• primeiros arquitetos do mundo.
IDADE DOS METAIS
• aproximadamente 5.000 a 3.500 a.C.
• aparecimento de metalurgia;
• aparecimento das cidades;
• invenção da roda;
• invenção da escrita; e
• arado de bois.
As Cavernas
Antes de pintar as paredes da caverna, o Iníciom fazia
ornamentos corporais, como colares, e, depois magníficas estatuetas, como as
famosas “Vênus”. Existem várias cavernas pelo mundo, que demonstram a pintura
rupestre, algumas delas são: Caverna de ALTAMIRA, Espanha, quase uma centena de
desenhos feitos a 14.000 anos, foram os primeiros desenhos descobertos, em
1868. Sua autenticidade, porém, só foi reconhecida em 1902. Caverna de LASCAUX,
França, suas pinturas foram achadas em 1942, têm 17.000 anos. A cor preta, por
exemplo, contém carvão moído e dióxido de manganês. Caverna de CHAUVET, França,
há ursos, panteras, cavalos, mamutes, hienas, dezenas de rinocerontes peludos e
animais diversos, descoberta em 1994. Gruta de RODÉSIA, África, com mais de
40.000 anos. Parque Nacional Serra da Capivara - Sudeste do Estado do Piauí,
ocupando áreas dos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do
Piauí e Coronel José Dias. Nessa região encontra-se uma densa concentração de
sítios arqueológicos, a maioria com pinturas e gravuras rupestres. Para saber
mais visite: fumdham.org Onde havia gente - Os arqueólogos já encontraram
vários registros de seres humanos pré-históricos que viviam no Brasil há pelo
menos 11.000 anos:
Stonehenge (PARTE DO SANTUÁRIO) |
Venus von Willendorf |
ARTE PRÉ-HISTÓRICA (BRASIL)
O Primeiro Início das Américas
"Escavações feitas no boqueirão da Pedra Furada, no
Parque Nacional da Serra da Capivara, pela equipe da arquitetônica Niède Guidon
encontraram o que eles acreditam ser restos de uma fogueira e pedras lascadas,
datadas em mais de 50 mil anos. A comunidade científica internacional se
dividiu sobre o tema. Alguns rechaçam essas pesquisas, ponderando que a suposta
fogueira pode ter sido na verdade madeira incinerada por um raio e que nada
garante que as rochas não foram lascadas durante a queda de um bloco.
A questão por trás dessa briga é a elucidação de qual teria
sido a porta de entrada do Iníciom na América. De um lado estão os que
acreditam que a travessia do estréio de Bering, entre 15 mil e 12 mil anos
atrás - quando o nível do mar chegou a descer 100 metros em relação ao atual -,
tenha sido o único caminho adotado. Para quem não aceita essa exclusividade,
outra porta de entrada do continente americano poderia ser a costa do Pacífico
na América Latina, com viajantes vindos do sudeste asiático e das ilhas
oceânicas. Ou seja, a colonização teria acontecido por povos diferentes em
épocas diferentes.
A situação começou a tomar novos rumos com uma descoberta no
ano passado na toca do Garrincho. Dentes com 15 mil anos foram desenterrados e
apresentados ao público. Com essa idade, são os fósseis humanos mais antigos do
continentes. Se confirmada, a presumida datação em 40 mil anos das pinturas do
sertões da Bastiana também será um grande indício de que o Iníciom pode ter
vivido aqui bem antes do que na América do Norte.
Se aceitos pela comunidade internacional, os dentes e
desenhos - que não podem ser causados por raios ou quedas de blocos -
representarão uma nova fase nos estudos sobre a ocupação do continente."
As mais importantes pinturas rupestres do Brasil:
• PEDRA PINTADA (PA), aqui, em 1996, a arqueóloga americana
Anna Rosevelt achou pinturas com cerca de 11.000 anos.
• PERUAÇU (MG), tem vários estilos de pinturas entre 2.000 a
10.000 anos. Exibe espetaculares desenhos geométricos.
• LAGOA SANTA (MG), suas pinturas de animais, conhecidas
desde 1834, têm entre 2.000 e 10.000 anos de idade.
• SÃO RAIMUNDO NONATO (PI), segundo Niède Guindon, da
Universidade Estadual de Campinas, possui vestígios humanos de 40.000 anos e
pinturas de 15.000 anos.
Para seu conhecimento:
A tinta de pedra é feita de cacos de minério que forneciam
as cores para as pinturas rupestres: os artistas raspavam as pedras para
arrancar os pigmentos coloridos, o vermelho e o amarelo vinham do minério de
ferro, o preto, do manganês. Misturado com cera de abelha ou resina de árvores
o pigmento virava tinta.
Pinturas Rupestres |
ARTE EGÍPCIA
TÚMULO DE NEFERTITI |
Uma das principais civilizações da Antigüidade foi a que se
desenvolveu no Egito. Era uma civilização já bastante complexa em sua
organização social e riquíssima em suas realizações culturais. A religião
invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua
organização social e política, determinando o papel de cada classe social e,
conseqüentemente, orientando toda a produção artística desse povo. Além de crer
em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam
também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do
que a que viviam no presente. O fundamento ideológico da arte egípcia é a
glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam
templos funerários e túmulos grandiosos.
ARQUITETURA
As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitetônicas
mais famosas e, foram construídas por importantes reis do Antigo Império:
Quéops, Quéfren e Miquerinos. Junto a essas três pirâmides está a esfinge mais
conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren, mas a ação erosiva do vento
e das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático
e misterioso.
As características gerais da arquitetura egípcia são:
• solidez e durabilidade;
• sentimento de eternidade; e
• aspecto misterioso e impenetrável.
As pirâmides tinham base quandrangular eram feitas com
pedras que pesavam cerca de vinte toneladas e mediam dez metros de largura,
além de serem admiravelmente lapidadas. A porta da frente da pirâmide
voltava-se para a estrela polar, a fim de que seu influxo se concentrasse sobre
a múmia. O interior era um verdadeiro labirinto que ia dar na câmara funerária,
local onde estava a múmia do faraó e seus pertences.
Os templos mais significativos são: Carnac e Luxor, ambos
dedicados ao deus Amon.
Os monumentos mais expressivos da arte egípcia são os
túmulos e os templos. Divididos em três categorias:
• Pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó;
• Mastaba - túmulo para a nobreza; e
• Hipogeu - túmulo destinado à gente do povo.
Os tipos de colunas dos templos egípcios são divididas
conforme seu capitel:
• Palmiforme - flores de palmeira;
• Papiriforme - flores de papiro; e
• Lotiforme - flor de lótus.
Para seu conhecimento
Esfinge: representa corpo de leão (força) e cabeça humana
(sabedoria). Eram colocadas na alameda de entrada do templo para afastar os
maus espíritos.
Obelisco: eram colocados à frente dos templos para
materializar a luz solar.
ESCULTURA
Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses
em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção.
Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade. Com esse
objetivo ainda, exageravam freqüentemente as proporções do corpo humano, dando
às figuras representadas uma impressão de força e de majestade.
Os Usciabtis eram figuras funerárias em miniatura,
geralmente esmaltadas de azul e verde, destinadas a substituir o faraó morto
nos trabalhos mais ingratos no além, muitas vezes coberto de inscrições.
Os baixos-relevos egípcios, que eram quase sempre pintados,
foram também expressão da qualidade superior atingida pelos artistas em seu
trabalho. Recobriam colunas e paredes, dando um encanto todo especial às
construções. Os próprios hieróglifos eram transcritos, muitas vezes, em
baixo-relevo.
NEFERTITI |
PINTURA
A decoração colorida era um poderoso elemento de
complementação das atitudes religiosas.
Suas características gerais são:
• ausência de três dimensões;
• ignorância da profundidade;
• colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do
relevo; e
• Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa
fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus
pés eram vistos de perfil.
Quanto a hierarquia na pintura: eram representadas maiores
as pessoas com maior importância no reino, ou seja, nesta ordem de grandeza: o
rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo. As figuras femininas
eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas de vermelho.
Os egípcios escreviam usando desenhos, não utilizavam letras
como nós. Desenvolveram três formas de escrita:
Hieróglifos - considerados a escrita sagrada;
Hierática - uma escrita mais simples, utilizada pela nobreza
e pelos sacerdotes; e
Demótica - a escrita popular.
Livro dos Mortos, ou seja um rolo de papiro com rituais
funerários que era posto no sarcófago do faraó morto, era ilustrado com cenas
muito vivas, que acompanham o texto com singular eficácia. Formado de tramas de
fibras do tronco de papiro, as quais eram batidas e prensadas transformando-se
em folhas.
Para seu conhecimento
Hieróglifos: foi decifrada por Champolion, que descobriu o
seu significado em 1822, ela se deu na Pedra de Rosetta que foi encontrada na
cidade do mesmo nome no Delta do Nilo.
Mumificação: a) eram retirados o cérebro, os intestinos e
outros órgãos vitais, e colocados num vaso de pedra chamado Canopo. b) nas
cavidades do corpo eram colocadas resinas aromáticas e perfumes. c) as incisões
eram costuradas e o corpo mergulhado num tanque com Nitrato de Potássio. d)
Após 70 dias o corpo era lavado e enrolado numa bandagem de algodão, embebida
em betume, que servia como impermeabilização.
Quando a Grande Barragem de Assuã foi concluída, em 1970,
dezenas de construções antigas do sul do país foram, literalmente, por água
abaixo, engolidas pelo Lago Nasser. Entre as raras exceções desse drama do
deserto, estão os templos erguidos pelo faraó Ramsés II, em Abu Simbel. Em
1964, uma faraônica operação coordenada pela Unesco com recursos de vários países
- um total de 40 milhões de dólares - removeu pedra por pedra e transferiu
templos e estátuas para um local 61 metros acima da posição original, longe da
margem do lago. O maior deles é o Grande Templo de Ramsés II, encravado na
montanha de pedra com suas estátuas do faraó de 20 metros de altura. Além de
salvar este valioso patrimônio, a obra prestou uma Inícionagem ao mais famoso e
empreendedor de todos os faraós.
Queóps é a maior das três pirâmides, tinha originalmente 146
metros de altura, um prédio de 48 andares. Nove metros já se foram, graças
principalmente à ação corrosiva da poluição vinda do Cairo. Para erguê-la,
foram precisos cerca de 2 milhões de blocos de pedras e o trabalho de cem mil
Inícions, durante vinte anos.
Anubis |
ESCULTURA EGÍPCIA |
PINTURAS EGÍPCIAS |
ARTE GREGA
Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a
arte grega liga-se à inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres
inteligentes e justos que se dedicavam ao bem-estar do povo. A arte grega
volta-se para o gozo da vida presente. Contemplando a natureza, o artista se
empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas manifestações. Na sua
constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração
intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio, a harmonia ideal. Eles tem
como características: o racionalismo; amor pela beleza; interesse pelo Iníciom,
essa pequena criatura que é “a medida de todas as coisas”; e a democracia.
ARQUITETURA
As edificações que despertaram maior interesse são os
templos. A característica mais evidente dos templos gregos é a simetria entre o
pórtico de entrada e o dos fundos. O templo era construído sobre uma base de
três degraus. O degrau mais elevado chamava-se estilóbata e sobre ele eram
erguidas as colunas. As colunas sustentavam um entablamento horizontal formado
por três partes: a arquitrave, o friso e a cornija. As colunas e entablamento
eram construídos segundo os modelos da ordem dórica, jônica e coríntia.
• Ordem Dórica - era simples e maciça. O fuste da coluna era
monolítico e grosso. O capitel era uma almofada de pedra. Nascida do sentir do
povo grego, nela se expressa o pensamento. Sendo a mais antiga das ordens
arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade,
empresta uma idéia de solidez e imponência
• Ordem Jônica - representava a graça e o feminino. A coluna
apresentava fuste mais delgado e não se firmava diretamente sobre o estilóbata,
mas sobre uma base decorada. O capitel era formado por duas espirais unidas por
duas curvas. A ordem dórica traduz a forma do Iníciom e a ordem jônica traduz a
forma da mulher.
• Ordem Coríntia - o capitel era formado com folhas de
acanto e quatro espirais simétricas, muito usado no lugar do capitel jônico, de
um modo a variar e enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e ostentação.
Os principais monumentos da arquitetura grega:
• Templos, dos quais o mais importante é o Partenon de
Atenas. Na Acrópole, também, se encontram as Cariátides homenageavam as mulheres de Cária.
• Teatros, que eram construídos em lugares abertos (encosta)
e que compunham de três partes: a skene ou cena, para os atores; a konistra ou
orquestra, para o coro; o koilon ou arquibancada, para os espectadores. Um
exemplo típico é o Teatro de Epidauro, construído, no séc. IV a.C., ao ar livre,
composto por 55 degraus divididos em duas ordens e calculados de acordo com uma
inclinação perfeita. Chegava a acomodar cerca de 14.000 espectadores e
tornou-se famoso por sua acústica perfeita.
• Ginásios, edifícios destinados à cultura física.
• Praça - Ágora onde os gregos se reuniam para discutir os
mais variados assuntos, entre eles; filosofia.
PINTURA
A pintura grega encontra-se na arte cerâmica. Os vasos
gregos são também conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas também
pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço utilizado para a
ornamentação. Além de servir para rituais religiosos, esses vasos eram usados
para armazenar, entre outras coisas, água, vinho, azeite e mantimentos. Por
isso, a sua forma correspondia à função para que eram destinados:
• Ânfora - vasilha em forma de coração, com o gargalo largo
ornado com duas asas;
• Hidra - (derivado de ydor, água) tinha três asas, uma
vertical para segurar enquanto corria a água e duas para levantar;
• Cratera - tinha a boca muito larga, com o corpo em forma
de um sino invertido, servia para misturar água com o vinho (os gregos nunca
bebiam vinho puro), etc.
As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas
atividades diárias e cenas da mitologia grega. O maior pintor de figuras negras
foi Exéquias.
A pintura grega se divide em três grupos:
• figuras negras sobre o fundo vermelho
• figuras vermelhas sobre o fundo negro
• figuras vermelhas sobre o fundo branco
ESCULTURA
A estatuária grega representa os mais altos padrões já atingidos
pelo Iníciom. Na escultura, o antropomorfismo - esculturas de formas humanas -
foi insuperável. As estátuas adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das
formas, o movimento.
No Período Arcaico os gregos começaram a esculpir, em
mármores, grandes figuras de Inícions. Primeiramente aparecem esculturas
simétricas, em rigorosa posição frontal, com o peso do corpo igualmente
distribuído sobre as duas pernas. Esse tipo de estátua é chamado Kouros
(palavra grega: Iníciom jovem).
No Período Clássico passou-se a procurar movimento nas
estátuas, para isto, se começou a usar o bronze que era mais resistente do que
o mármore, podendo fixar o movimento sem se quebrar. Surge o nu feminino, pois
no período arcaico, as figuras de mulher eram esculpidas sempre vestidas.
Período Helenístico podemos observar o crescente
naturalismo: os seres humanos não eram representados apenas de acordo com a
idade e a personalidade, mas também segundo as emoções e o estado de espírito
de um momento. O grande desafio e a grande conquista da escultura do período
helenístico foi a representação não de uma figura apenas, mas de grupos de
figuras que mantivessem a sugestão de mobilidade e fossem bonitos de todos os
ângulos que pudessem ser observados.
Os principais mestres da escultura clássica grega são:
• Praxíteles, celebrado pela graça das suas esculturas, pela
lânguida pose em “S” (Hermes com Dionísio menino), foi o primeiro artista que
esculpiu o nu feminino.
• Policleto, autor de Doríforo - condutor da lança, criou
padrões de beleza e equilíbrio através do tamanho das estátuas que deveriam ter
sete vezes e meia o tamanho da cabeça.
• Fídias, talvez o mais famoso de todos, autor de Zeus
Olímpico, sua obra-prima, e Atenéia. Realizou toda a decoração em
baixos-relevos do templo Partenon: as esculturas dos frontões, métopas e
frisos.
• Lisipo, representava os Inícions “tal como se vêem” e “não
como são” (verdadeiros retratos). Foi Lisipo que introduziu a proporção ideal
do corpo humano com a medida de oito vezes a cabeças.
• Miron, autor do Discóbolo - Iníciom arremessando o disco.
Para seu conhecimento:
Mitologia: Zeus: senhor dos céus; Atenéia: deusa da guerra;
Afrodite: deusa do amor; Apolo: deus das artes e da beleza;
Posseidon: deus das águas; entre outros.
Olimpíadas: Realizavam-se em Olímpia, cada 4 anos, em honra
a Zeus. Os primeiros jogos começaram em 776 a.C. As festas olímpicas serviam de
base para marcar o tempo.
Teatro: Foi criada a comédia e a tragédia. Entre as mais
famosas: Édipo Rei de Sófocles.
Música: Significa a arte das musas, entre os gregos a lira
era o instrumento nacional.
ESCULTURA GREGA |
PINTURA GREGA |
TEMPLO GREGO |
VASO GREGO |
ARTE ROMANA
A arte romana sofreu duas fortes influências: a da arte
etrusca popular e voltada para a expressão da realidade vivida, e a da
greco-helenística, orientada para a expressão de um ideal de beleza.
Um dos legados culturais mais importantes que os etruscos
deixaram aos romanos foi o uso do arco e da abóbada nas construções.
ARQUITETURA
As características gerais da arquitetura romana são:
• busca do útil imediato, senso de realismo;
• grandeza material, realçando a idéia de força;
• energia e sentimento;
• predomínio do caráter sobre a beleza;
• originais: urbanismo,
vias de comunicação, anfiteatro, termas.
As construções eram de cinco espécies, de acordo com as
funções:
1) Religião: Templos Pouco se conhece deles. Os mais
conhecidos são o templo de Júpiter Stater, o de Saturno, o da Concórdia e o de
César. O Panteão, construído em Roma durante o reinado do Imperador Adriano foi
planejado para reunir a grande variedade de deuses existentes em todo o
Império, esse templo romano, com sua planta circular fechada por uma cúpula,
cria um local isolado do exterior onde o povo se reunia para o culto.
2) Comércio e civismo: Basílica A princípio destinada a
operações comerciais e a atos judiciários, a basílica servia para reuniões da
bolsa, para tribunal e leitura de editos. Mais tarde, já com o Cristianismo,
passou a designar uma igreja com certos privilégios. A basílica apresenta uma
característica inconfundível: a planta retangular, (de quatro a cinco mil
metros) dividida em várias colunatas. Para citar uma, a basílica Julia,
iniciada no governo de Júlio César, foi concluída no Império de Otávio Augusto.
3) Higiene: Termas Constituídas de ginásio, piscina,
pórticos e jardins, as termas eram o centro social de Roma. As mais famosas são
as termas de Caracala que, além de casas de banho, eram centro de reuniões
sociais e esportes.
4) Divertimentos:
a) Circo: extremamente afeito aos divertimentos, foi de Roma
que se originou o circo. Dos jogos praticados temos: jogos circenses - corridas
de carros; ginásios - incluídos neles o pugilato; jogos de Tróia - aquele em
que havia torneios a cavalo; jogos de escravos - executados por cavaleiros
conduzidos por escravos; Sob a influência grega, os verdadeiros jogos circenses
romanos só surgiram pelo ano 264 a.C. Dos circos romanos, o mais célebre é o
"Circus Maximus".
b) Teatro: imitado do teatro grego. O principal teatro é o
de Marcelus. Tinha cenários versáteis, giratórios e retiráveis.
c) Anfiteatro: o povo romano apreciava muito as lutas dos
gladiadores. Essas lutas compunham um espetáculo que podia ser apreciado de
qualquer ângulo. Pois a palavra anfiteatro significa teatro de um e de outro
lado. Assim era o Coliseu, certamente o mais belo dos anfiteatros romanos.
Externamente o edifício era ornamentado por esculturas, que ficavam dentro dos
arcos, e por três andares com as ordens de colunas gregas (de baixo para cima:
ordem dórica, ordem jônica e ordem coríntia). Essas colunas, na verdade eram
meias colunas, pois ficavam presas à estrutura das arcadas. Portanto, não
tinham a função de sustentar a construção, mas apenas de ornamentá-la. Esse
anfiteatro de enormes proporções chegava a acomodar 40.000 pessoas sentadas e
mais de 5.000 em pé.
5) Monumentos decorativos
a) Arco de Triunfo: pórtico monumental feito em Inícionagem
aos imperadores e generais vitoriosos. O mais famoso deles é o arco de Tito,
todo em mármore, construído no Forum Romano para comemorar a tomada de
Jerusalém.
b) Coluna Triunfal: a mais famosa é a coluna de Trajano, com
seu característico friso em espiral que possui a narrativa histórica dos feitos
do Imperador em baixos-relevos no fuste. Foi erguida por ordem do Senado para
comemorar a vitória de Trajano sobre os dácios e os partos.
6) Moradia: Casa Era construída ao redor de um pátio chamada
Atrio.
PINTURA
O Mosaico foi muito utilizado na decoração dos muros e pisos
da arquitetura em geral.
A maior parte das pinturas romanas que conhecemos hoje
provém das cidades de Pompéia e Herculano, que foram soterradas pela erupção do
Vesúvio em 79 a.C. Os estudiosos da pintura existente em Pompéia classificam a
decoração das paredes internas dos edifícios em quatro estilos.
Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma sala com uma
camada de gesso pintado; que dava impressão de placas de mármore.
Segundo estilo: Os artistas começaram então a pintar painéis
que criavam a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com
animais, aves e pessoas, formando um grande mural.
Terceiro estilo: representações fiéis da realidade e
valorizou a delicadeza dos pequenos detalhes.
Quarto estilo: um painel de fundo vermelho, tendo ao centro
uma pintura, geralmente cópia de obra grega, imitando um cenário teatral.
ESCULTURA
Os romanos eram grandes admiradores da arte grega, mas por
temperamento, eram muito diferentes dos gregos. Por serem realistas e práticos,
suas esculturas são uma representação fiel das pessoas e não a de um ideal de
beleza humana, como fizeram os gregos. Retratavam os imperadores e os Inícions
da sociedade. Mais realista que idealista, a estatuária romana teve seu maior
êxito nos retratos.
Com a invasão dos bárbaros as preocupações com as artes
diminuíram e poucos monumentos foram realizados pelo Estado. Era o começo da
decadência do Império Romano que, no séc. V - precisamente no ano de 476 -
perde o domínio do seu vasto território do Ocidente para os invasores
germânicos.
MOSAICO
Partidários de um profundo respeito pelo ambiente
arquitetônico, adotando soluções de clara matriz decorativa, os masaístas
chegaram a resultados onde existe uma certa parte de estudo direto da natureza.
As cores vivas e a possibilidade de colocação sobre qualquer superfície e a
duração dos materiais levaram a que os mosaicos viessem a prevalecar sobre a
pintura. Nos séculos seguintes, tornar-se-ão essenciais para medir a ampliação
das primeiras igrejas cristãs.
COLISEU DE ROMA |
ESCULTURA ROMANA DE AUGUSTO |
escultura romana |
Pintura romana |
PINTURA ROMANA ETRUSCA |